O grupo de teatro do oprimido Fazendo Arte, participou entre os dias 23 até 27 de julho do XXI Congrenaje e o VII Fest Art na cidade de Pelotas/RS. O Congrenaje acontece a cada dois anos e é o evento de maior estância da Juventude Evangélica da IECLB.
Nesse ano recebemos o convite para assumir a discussão do tema "Conectados com Deus, protagonistas no mundo", por meio da técnica do teatro fórum, integrado a metodologia do teatro do oprimido. O grupo apresentou duas cenas: "Retratos da Opressão" e "Cacos de Família". As cenas foram desenvolvidas a partir de relatos de jovens luteranos em oficinas desenvolvidas nas comunidades da IECLB no Sínodo Espírito Santo a Belém. Nas cenas abriu-se a janela para discutir sobre o machismo, preconceito, racismo, violência, drogas e mais. Os jovens foram convidados a fazer intervenções e a subir no palco, para reconstruir determinada cena a partir da sua percepção de um mundo mais justo.
Intervenção do Público
Nessa sessão, estudantes de teologia das Faculdades EST assumiram a transmissão do evento e da peça via live stream. Assim pudemos contar com sugestões de intervenções de jovens de outros estados do Brasil que acompanhavam ao vivo na internet a sessão teatral. O multiplicador William Berger, responsável pelas cenas, comentou que essa foi uma das poucas oportunidades no mundo que pessoas de outros lugares puderam participar das discussões do teatro fórum via internet.
"O teatro do oprimido abre um leque de possibilidades de discussões. Poderíamos ficar o dia todo extraindo questões das cenas e a cada intervenção do público teria uma nova observação". Como relatou um jovem do Sínodo Rio dos Sinos.
Mais informações: http://www.adlblog.org/2012/08/gto-fazendo-arte-em-pelotas.html
Durante outro momento do Congrenaje, o GTO Fazendo Arte e integrantes do NALagoa puderam assessorar uma oficina demonstrativa de teatro do oprimido e audiovisual para os participantes. Avaliamos positivamente o envolvimento de algumas atividades da Associação Diacônica Luterana em um espaço tão prestigiado.
Antes de voltar para o Espírito Santo, no sábado, dia 28, o nosso grupo desenvolveu uma oficina demonstrativa com os jovens da comunidade luterana "Bom Pastor", em Novo Hamburgo. Depois de um delicioso almoço, no galpão do Alonso, o grupo apresentou para a comunidade o teatro fórum "Retratos da Opressão". Novamente, intervenções e um instigante bate papo sobre as cenas.
O grupo contou com o patrocínio da Fundação Luterana de Diaconia - FLD para as passagens e demais despesas nesse período. Somos gratos pelo apoio e pela oportunidade de difundir a prática do teatro do oprimido.
"O Teatro do Oprimido é um método teatral e modelo de prática cênico-pedagógica sistematizados e desenvolvidos pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal nos anos 1970. Possui características de militância e destina-se à mobilização do público, vinculando-se ao teatro de resistência. O termo é citado textualmente pela primeira vez na obra Teatro do oprimido e outras poéticas políticas, que reúne uma série de artigos publicados por Boal entre 1962 e 1973".
Componentes do Fazendo Arte que estiveram em Pelotas
Alex Reblim Braun, Ana Paula Brandt Gonçalves, Devair Grunewaldt Reinke, Emili Maria Fristschi Botini, Hilton Ferreira de Oliveira, Isabela Abel Gumz, Izabela Jastrow, Kéllei Feltz Pagung, Luis Guilherme Manhani, Michael Kuhn Pothin, Nicole Trabach Ratunde, Rafael Wolfgramm, Roana Clara Gums, Weidny Pierre Barros Barbosa, Willa Boecker. Multiplicador: William Berger.
Mais informações: http://teatrofazendoarte.blogspot.com.br
Oficina demonstrativa em Novo Hamburgo